Núcleo de Pesquisas Teatrais Encontros Possíveis

2 a 5 de dezembro de 2014 em Cuiabá e Chapada dos Guimarães-MT

Cidade dos Outros

A vida é um jogo que deve ser vencido a qualquer custo, mas o que se pretende ganhar?

Primeira Pele

O espetáculo traça o signo desta companhia que busca o aprimoramento e a intersecção das linguagens artísticas em seus espetáculos

Criadouro

O espetáculo trata do tema contemporâneo do consumo e o quanto a ganância pode ser fatal

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Música Cênica no Curso Livre de Teatro

O módulo de música cênica do Curso Livre de Teatro terá a compositora Estela Ceregatti como ministrante.
O Curso Livre de Teatro é um curso permanente, em caráter modular, que está contribuindo bastante para inserir no mercado teatral, agentes mais capacitados para criar grupos de teatro atuantes no estado. Para isso oferece módulos técnicos de 32 horas de duração sobre áreas do espetáculo que comumente não são estudadas, mas que são bastante importantes para a condução de um grupo teatral que intenciona montar um espetáculo. Já foi oferecido os módulos de dramaturgia, cenografia e agora, música cênica. Em seguida teremos: direção, figurino, iluminação, teatro de grupo e produção teatral.
Estela Ceregatti tem 23 anos, é cuiabana e desde muito pequena teve contato com o mundo das artes, pois estudou em uma escola com Pedagogia Waldorf, cujo ensino é através das artes.
Em 2000, iniciou seus estudos de violão com Pio Toledo e Ellen Toledo e começou a estudar técnica vocal com Ellen Toledo. Aos quinze anos passou a integrar o grupo de choro: Novos Chorões, participando da gravação de dois CDs do grupo.
Já foi integrante da Bionne, grupo de choro e samba formado por mulheres, onde atuou como vocalista e violonista, e participou do grupo vocal feminino: Boca de Matilde


Compositora desde os quatorze anos, hoje com linguagem musical mais amadurecida, passou por alguns cursos / professores essenciais à sua formação, dentre eles: Curso de Música Popular Brasileira – SESC Arsenal, com Ellen Toledo e Pio Toledo – 2005, Curso Antropomúsica – Botucatu – SP, onde teve aula de Técnica e Arranjo Vocal com Meca Vargas (SP), Euritmia e Cântele com Veronica Brunis (Alemanha) e Composição, Prática em Conjunto e Construção de Instrumentos com Marcelo Petraglia (SP) – 2007. Curso de Técnica Vocal com André Vilani (MT) – 2007, curso de Composição e Violão com Marcus Ferrer (SP), pelo SESC Arsenal – 2009, Curso de Percussão Corporal com grupo Barbatuques (SP) – 2009, curso sobre Técnica Eletroacústica com professor renomado João Pedro Oliveira (Portugal) – 2009, curso de Eletroacústica com professora especialista Cristina Dignart (UFMT) – 2009, Curso de Harmonia com Ebinho Cardoso, SESC Arsenal – 2009, Curso de Extensão de Composição com Ticiano Rocha (UFMT) – 2010, Percussão Popular com Edson Quesada (DF) e aulas de canto popular com a renomada cantora brasileira: Fátima Guedes (RJ), pelo 32º Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília – 2010. Fátima Guedes acresceu grande influência em seu aprendizado.
Em 2008, esteve em Toronto – Canadá, onde encontrou importantes parceiros e apresentou interpretações e composições próprias em galerias de artes, casas de jazz e restaurantes brasileiros.
De volta ao Brasil, teve composições selecionadas pela Mostra de Música do SESC – 2009 e 2010, e dentre as participações especiais recorrentes, salienta-se o show do renomado Renato Braz, onde interpretou música de autoria própria em parceria com o músico. Em 2011, salienta-se seu show solo “Monofoliar” já apresentado algumas vezes na capital, além de parcerias com os músicos Mauricio Detoni, Ebinho Cardoso, Vera Capilé e Paulo Monarco.
Atualmente, Estela cursa o terceiro ano do curso de Música da UFMT, além de sua carreira solo integra o grupo URUTAU, que interpreta algumas de suas composições, entre parcerias e outras dos demais integrantes; integra o Grupo de Percussão do Departamento de Artes da UFMT, o grupo de música contemporânea da UFMT: Sensembow , desenvolve o trabalho de música cênica em parcerias com grupos de teatro de Cuiabá e atua na captação de áudio para cinema, além de compor sonoplastia/trilha para cinema e espetáculos de dança e teatro.

As aulas são às terças e quintas, das 19h às 22h, no Pavilhão das Artes. As inscrições estão abertas.


Serviço:
Incrições abertas para Módulo de Música Cênica do Curso Livre de Teatro
Terças e quintas, a partir do dia 07 de junho
Das 19h às 22h
no Pavilhão das Artes - Palácio da Instrução
Inscrições gratuitas: 3613 9230
www.pavilhaodasartes.com/

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Tatiana é Artista Residente do Pavilhão das Artes

Tatiana Horevicht, da Cia. Pessoal de Teatro, é a nova Artista Residente do Pavilhão das Artes. O projeto, capitaneado pela coordenadora do Pavilhão, Magna Domingos, consiste em oferecer o espaço do Pavilhão das Artes, no Palácio da Instrução, para que um artista exponha seu método de trabalho e divulgue sua pesquisa. Esta prática já é muito difundida nas artes plásticas, mas agora está abrindo também para as artes cênicas. No mês de maio, o grupo teatral Confraria dos Atores foi o "residente" do Pavilhão, oferecendo a um público de ávidos curiosos um pouco da sua organização como grupo, da sua pesquisa com teatro colaborativo e coletivo e do seu trabalho musical.
Tatiana Horevicht é atriz e diretora, integrante/fundadora da Cia. Pessoal de Teatro. Iniciou seus estudos de teatro na FAP - Faculdade de Artes do Paraná, em Curitiba. É formada pelo CEFAR - Palácio das Artes de Belo Horizonte onde estudou com grandes nomes como Marcelo Bones, Luiz Carlos Garrocho, Rita Clemente, Angela Mourão, entre outros do teatro mineiro. Completou a graduação na UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto/MG. Em extensão, estudou com o grupo teatral O Bando, participando de uma residência com o grupo em sua sede em Palmela, Portugal.
Para a sua "residência", Tatiana pretende investigar a fundo a dramaturgia do ator; um processo criativo que advém do teatrólogo e mestre Eugênio Barba. De acordo com a dramaturgia do ator, o ator passa a ser um co-criador do espetáculo, deixando de ser um elemento passivo da dramaturgia escrita. Cada vez mais esta visão da atuação se faz necessária no estudo teatral, pois a cena contemporânea evolui para uma anulação da personagem, como sempre se entendeu no drama, para um corpo que comunica mais do que fala. É em busca desta pesquisa que Tatiana Horevicht estará no Pavilhão das Artes, nas quartas e sextas, das 19h às 22h, a partir do dia 8 de junho. A classificação etária é a partir dos 16 anos. As inscrições podem ser feitas no Pavilhão das Artes, pelo telefone 3613 9230 ou pelo site www.pavilhaodasartes.com/

Serviço:
Artista Residente do Pavilhão das Artes - Teatro
Tatiana Horevicht - Cia. Pessoal de Teatro
Tema da Pesquisa: Dramaturgia do Ator
Quartas e Sextas, das 19h às 22h
Pavilhão das Artes- Palácio da Instrução
Praça da República, s/n
65 - 3613 9230
Cuiabá - MT

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cirande com a gente!!!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Palco Giratório

O Palco Giratório começou na capital
Começou muito bem, com dois espetáculos do AMOK Teatro, “Dragão” e “Kabul”. A Companhia está sediada no Rio de Janeiro e é dirigida por Ana Teixeira e Stephane Brodt. Os espetáculos apresentados fazem parte da trilogia da guerra e tem sua terceira parte em fase de montagem. Os espetáculos são impressionantes, mas o que mais nos empolgou foram as atuações de Stephane Brodt e Fabiana de Mello e Souza. Os dois já trabalharam com Arianne Mnouchkine, no fabuloso Teatre du Soleil. “Dragão” aborda a guerra através de depoimentos de dois palestinos e dois israelenses que contam suas respectivas versões de um atentado a bomba num ônibus. O atentado é fictício, mas os depoimentos são reais. “Kabul” trata da violência fundamentalista imposta ao Afeganistão. Além dos espetáculos, o AMOK Teatro trouxe a Oficina de Máscaras Balinesas, ministrada por Stephane durante toda a semana no Sesc Arsenal. O mais impressionante desta técnica oriental é a seriedade ritualística com que o ator trabalha seu corpo para uma comunicação mais artística. Pudemos conhecer um pouco mais do pensamento artístico de Stephane no Pensamento Giratório, uma roda de debate promovida pelo Festival. Esses momentos de “conversar sobre o assunto” são os mais especiais em um festival de teatro; é onde aprendemos mais sobre o olhar do outro e onde se discute as relações estéticas e poéticas de cada obra. E pelas discussões vemos que temos muito que conversar. No debate de quarta-feira, por exemplo, a impressão era de que ninguém iria falar nada. Terminou o espetáculo e todos ficaram mudos e imóveis, mas o assunto foi evoluindo e acabamos por sair do teatro às dez horas da noite. O espetáculo “A galinha Degolada” foi baseado num conto do uruguaio Horacio Quiroga e conta a história trágica de uma família com seus quatro filhos mentalmente deficientes, “interpretados” por bonecos de pano. Quando nasce uma menina normal, os pais passam a se dedicar apenas a ela, deixando seus outros filhos no abandono. O título se refere a uma galinha que eles assistem ser degolada pela empregada da família e depois fazem a mesma coisa com a irmãzinha que dormia no berço. Entenderam agora porque a platéia não emitia som ao final do espetáculo? Ficamos chocados, com certeza, mas segundo o diretor a intenção não era chocar. Eles se concentraram em extrair beleza do horror, e para isso lançaram mão de uma encenação expressionista com muita influência cinematográfica. A história é contada pelo fantasma da menina morta, que se utiliza de bonequinhos durante a contação. O tema explora a decepção dos pais em relação aos seus filhos, mas também esbarra em questões que fazem parte do nosso olhar moderno, como um certo pudor em ouvir os pais chamarem os filhos de “idiotas”. Assim eram chamados os deficientes mentais nos tempos do Quiroga e os autores mantiveram os termos. Uma opção que ressaltou nossa crítica em relação ao comportamento desses pais, mas nada que nos fizesse nos identificar com os filhos. A direção não buscou dar humanidade aos bonecos e a atuação, carregada de grotesco, aumentou nossa estranheza em relação a esses pais. De acordo com o diretor Jefferson Bittencourt, “ao invés de animar os bonecos, desanimamos os atores”. Na verdade, o que vimos foi uma atuação carregada que tentava traduzir o horror dos pais por terem gerado filhos imperfeitos, além da impotência diante de um fato sem volta.
O Palco Giratório é um projeto do SESC de grande importante para a circulação de espetáculos pelo país. Para registrar isso, vou contar aqui as impressões do Festival mais amado da classe artística cuiabana. Se quiserem opinar na minha opinião, entre em contato pelo meu e-mail. Nos vemos no teatro.

Juliana Capilé (atriz, diretora e dramaturga – Cia. Pessoal de Teatro)
jucapile@gmail.com