sexta-feira, 5 de setembro de 2014

PALCO GIRATÓRIO: São Paulo

A montagem com a equipe técnica do Sesc Pompéia

Foi muito bom apresentar no Sesc Pompéia... Estava um frio danado, talvez o dia mais frio do ano, e nossos pés congelaram, rodando descalço no chão frio...
O espaço cênico do Pompéia tinha duas colunas bem no meio de um grande salão, e precisamos recuar toda a encenação para um dos lados do espaço para conseguir fazer uma arena. A equipe técnica providenciou umas arquibancadas e o público ficou disposto em cadeiras em cima dessas arquibancadas. É sempre bom quando tem arquibancadas porque a sensação de ter espectadores na altura dos nossos olhos é muito agradável: parece que os personagens estão falando cara a cara mesmo.
Tudo pronto!
Quando chegamos só havia três arquibancadas e caberiam umas 40 pessoas. Os ingressos já estavam esgotados havia três dias e nossos amigos estavam todos de fora. Reorganizamos o espaço, arredando os suportes, acrescentando cadeiras no chão e mais uma arquibancada, e por fim conseguimos mais 30 lugares. Calcula nossa alegria quando eles avisaram que no dia seguinte já estavam esgotados os ingressos! São Paulo estava curiosa.
A reação do público foi muito positiva.

Encontramos com meu queridissimo Rubens Rewald, cineasta e sr. examinador externo da minha banca de mestrado. Ele assistiu no primeiro dia e saímos depois do espetáculo para conversar. Reforçou que gostou muito da montagem, da junção texto e cena, das jogadas que o texto faz com as imagens e da nossa atuação. Pedi para que ele escrevesse sobre o que viu, assim a gente divulga aqui e em outros tantos lugares. É interessante e enriquecedor quando recebemos criticas; não só as que gostaram do que viram mas, também as que não curtiram nada.
A programação
Para nós é um olhar que se encontra com a cena, e saber como foi o encontro nos interessa bastante.
Para o final do espetáculo, pedi para o Genival abrir a porta ruidosamente e ele fez. O publico saiu rapidinho. Depois, conversando com Rewald e Tati, eles criticaram minha ideia, dizendo que desta forma as pessoas perdem a opção de ficar esperando e acabam expulsas do espaço. Abrir ruidosamente é um término, e sabemos que este espetáculo não acaba. Tive que concordar com eles, tinham razão. No dia seguinte Genival abriu devagarinho e o publico demorou mais para sair. Uns saíam e outros ficavam mais um pouco, deglutindo. Foi, realmente, bem melhor.

Eu, Iza e Manu
A equipe do Palco Giratório de São Paulo facilitou a logística (dificílima) do Festival contratando a produtora Uirapuru para cuidar dos grupos em circulação. Nossas queridas "anjas" foram a Manu e a Iza. Muito eficiente, elas não deixaram faltar nada, acompanhando a gente durante a montagem, os translados e tudo mais, desde o aeroporto na chegada até o aeroporto na partida. Essa solução resolveu muita coisa, porque tem momentos que a gente passa alguns apuros, por não conhecer a cidade, não saber onde conseguir alguma coisa que falta para o espetáculo ou mesmo, onde almoçar ou jantar. Contratar uma produtora para cuidar da logística alivia tanto para os grupos, que estão mais seguros, quanto para o próprio Sesc, que fica mais sossegado.
Sesc Pompéia e sua árvore iluminada e decorada.

O Sesc Pompéia é lindo e super bem frequentado. O tempo todo que estivemos lá a unidade estava lotada de pessoas, indo e vindo, almoçando, fazendo atividades, frequentando e consumindo cultura e arte. Maravilhoso respirar isso.
Nos dias do espetáculo estava acontecendo, simplesmente, um festival de jazz na unidade! Além, é claro, de muitas outras coisas. Em São Paulo é assim, tudo acontece tudo-junto-ao-mesmo-tempo-agora, e sempre estamos perdendo alguma coisa muito interessante.
Agradecemos à equipe do Sesc Pompéia: a Cinthia, a Wicca e a Vanessa. Elas são incríveis.

                         

   Juliana Capilé